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Palestra sobre o cicloativismo curitibano, de David Couto, na Bicicletaria Cultural

Em palestra realizada na terça-feira (26) na Bicicletaria Cultural, David Couto apresentou seu trabalho de mestrado, de forma resumida. A obra foi fruto de três anos de pesquisa que resultaram em mais de 200 páginas onde Couto analisou o tipo de cicloativismo praticado em Curitiba, com as mudanças ocorridas no perfil de seus participantes ao longo do tempo, desde o surgimento da Bicicletada de Curitiba e culminando na criação da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu, a CicloIguaçu. Foram 17 entrevistados ao longo da pesquisa que além de fornecerem informações sobre a história e desenvolvimento do movimento, foram usados para “perfilar” os cicloativistas curitibanos. O perfil seria de jovens de classe média/alta, com curso superior e histórico de intercâmbio para outros países, que deram origem a esse movimento na cidade. Com o tempo, ocorreu uma mudança de perfil, que gerou alguns fatores que enfraqueceram a Bicicletada, como a saída de membros antigos e dificuldades em atingir a realidade periférica de Curitiba. Com a CicloIguaçu ocorreu uma mudança também no sentido da perda do caráter cultural antes muito forte na Bicicletada. Couto também aponta que a eleição do prefeito Gustavo Fruet fortaleceu o ativismo institucional e o III Fórum Mundial da Bicicleta, ocorrido em 2014, fortaleceu a ação coletiva no movimento cicloativista da cidade. O autor afirma que um dos objetivos do trabalho é apontar a bicicleta como meio de transformação social.
Abaixo, um resumo da obra escrito por David Couto:

Este trabalho realiza uma análise histórico-social sobre a utilização da bicicleta, por ciclistas e ativistas da cidade de Curitiba,            como        símbolo    político  capaz          de        mobilizar transformações sociais na vida das grandes cidades e promover críticas a um modelo cultural de locomoção e urbanização que tem no carro seu principal símbolo. Buscou-se investigar eexpor os contextos global e local de surgimento do ativismo em torno da bicicleta na cidade, assim como as transformações ocorridas no movimento ao longo de seus 9 anos de existência. Apesquisa direcionou seu olhar às mudanças no tipo de ativismo realizado pelo movimento que originou a Bicicletada de Curitiba e que culminou na fundação da Associação de Ciclistas do AltoIguaçu, a CicloIguaçu, assim como ao perfil político e social de seus participantes conforme o movimento se expandiu e a bicicleta passou a se destacar como meio alternativo delocomoção, símbolo político e identidade. Tais processos são analisados, principalmente, à luz da perspectiva geracional.

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